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agosto 04, 2010

Num grito desafabo.

Aquiete-se, Marcella. O amor não é para ti. Realmente incrível como não aprendo. Cada dia que se passa dou mais a cara a tapa e por vezes até mesmo a chutes, murros e facadas. O problema é: me permito sentir demais, mergulhar a fundo e sugar do outro toda fonte de sentimento até não restar mais nada. Sempre foi assim - tudo em demasia e com isso os "portantos" vulgarmente dizendo "só fodem comigo" fazendo com que, ao final de tudo eu saia destroçada, estraçalhada e arrebentada da relação.
Deposito ao outro confiança demais, créditos demais, doações demais, afeto demais e declarações demais e quanto a mim, tudo que se possa imaginar mas sempre de menos. É, vai ver realmente cansa. Vai ver a relação sempre acaba se desgastando mesmo, vai ver o meu doar é sempre destinado àqueles que não sabem ou por ventura não querer receber; isso é doloroso. Muito. Às vezes me pego questionando comigo mesma: "Por que, hein? Por que as coisas tomaram esse rumo? Será que realmente asfixio as pessoas como dizem por aí?", e nunca consigo chegar a uma conclusão válida, clara e e embasada em argumentos plausíveis. Nunca.
Eu amo, me declaro, sinto todas vibraões, palpitações e emoções e mais, sinto necessidade de expressar isso a qualquer preço. Isso hoje, óbvio. Pois pelo que me julgavam não quero mais transparecer ser. "Contraria, desconfortável, mascarada, incontrolável, sufocada, impenetrável, manipulada, indesejável". Isso deveras não me pertence mais e nem eu a isso.
Bem, eu ando confusa. Tanto quanto se posa estar. Não, creio que mais. Bem mais. E por enquanto não me permito nada, nem mesmo a sentir. Preciso de tempo. Do MEU tempo para pensar, analisar, fragmentar e quem sabe assim chegar a uma conclusão - o que acho bastante improvável mas sempre estarei tentando. Sempre.

"Jurei mentiras e sigo sozinho
Assumo os pecados
Os ventos no Norte não movem moinhos
O que me resta é só os gemidos."



Goblinwand.

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