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abril 16, 2012

Todo mundo tem um ponto fraco. Você é o meu, por que não?

"[...] guardo pra te dar, as cartas que eu não mando.
Conto por contar, eu deixo em algum canto."


E lá estávamos nós: deitados, nus sobre a cama, com os lençóis revirados e amarrotados, ao som do violão e tua entonação afinada e branda, e tua face [...] teu sorriso de menino, teu olhar tão cativante e ferino. Não sei ao certo como tudo sucedeu-se e chegou a este ponto. Mas hoje, agora, neste exato momento, vejo-me perdidamente envolvida e apaixonada por ti, garoto.

Talvez tivera sido a forma como abordastes-me, o tom rude e embaraçoso, a fala mansa dotada de constância, sua intrepidez ao fitar-me, a forma contida quando me tocas, o abraço penetrante- a estruprar-me a alma, e eu teu cheiro... teu espetacular odor exalando das entranhas, sugando-me a psique.

Nunca tão rapidamente senti-me envolvida da forma como permaneço perante ti. Confesso, chega a ser patético. Procuro não encarar-te tão a fundo, mas é quase incontrolável esquivar o olhar de ti.  Procuro então burlar meus sentimentos e não aparentar tão atônita ao teu lado. Não hey de assustar-te e despejar em ti todo meu encantamento. Jamais. Mas confesso: tens mexido comigo. Bem lá no fundo. No fundo.

E tu me dizias, com a voz terna e maliciosa, com o sorriso canto de boca "afaste-se! Por hoje é só. E se faço isso, é com a pretensão de que me procures amanhã. [...] Isso não é bom?" Não sei ao certo pelo que encantou-me em ti. Acho que a rigidez e fragilidade simultaneamente. O fato de seres inacessível deixou-me à flor da pele e querer-te e almejar-te e desejar-te mais que minha sanidade pode controlar.


Goblinwand.