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abril 26, 2011

Ficamos com o sonho ao invés da punição.

Chega a ser patético encontrar-me desta forma. Às vezes encaro-me de frente ao espelho e indago-me: "No que me tornei?" - mas não de maneira acessória fazendo com que eu me recrimine, e sim admirando-me por estar assim, tão deslumbrada, estonteante.
Acho deveras imprescindível, necessário, essencial o rapaz o qual por horas está a meu lado fazer-me rir. Mesmo que seja por uma piada idota, alguma esquisitice, babaquice, jeito frenético e hiperativo de ser, mas que me faça movimentar a musculatura facial, desempenhe em mim dores abdominais de tantos risos e gargalhadas involuntárias. E você faz. Deténs todo esse conjunto. És engraçado, agradável, gracioso - mas também um tanto quando circunspecto, sisudo e metódico quando convém ser.
É de uma singularidade tamanha, nossa relação. Principalmente quando o caso pende-se a meu lado. Eu, que sempre fui tão esquiva quanto a relacionamentos amorosos, a todo instante amparava-me de munições para todo e qualquer tombo ou queda que possivelmente pudesse vir a ocasionar-se; hoje vejo-me como sendo um alguém totalmente dotado de intrepidez, audácia, determinação - um alguém resoluto.
Por horas a fio passo a teu lado. Analisando-te psicologicamente, também através do tato quando acaricio-lhe e sentindo tua respiração ofegante, e quando adormeces em meus braços. Sinto-me tão tua e lhe tenho como tão meu e só meu, e sendo assim reputo-me como uma grandiosa ao olhar-te debruçado sobre mim, repousando suavemente, delicadamente, contentemente. 

"É só que eu me assustei ao me ver tão feliz".


Goblinwand.