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abril 05, 2012

He gets fierce in my dreams [...] Seizing my guts.

Juro tê-lo visto hoje, perambulando com teu passo pousado, teu ombro largado e teu andar nada acentuado em uma das ruas desta cidade a qual habitaras há algum tempo. Estremeci toda. Dos pés a cabeça. Do mindinho à ponta quadrupla do meu fio de cabelo. Suei, paralisei, senti um baque e sentei-me. Procurei algum lugar parar apoiar-me e vivenciar todo aquele estado de extasia. 

Então dei por mim. Pensei: "cara, ele não está mais aqui. Ele não pertence mais a isso aqui. Ele foi-se e se perdeu de mim."


Goblinwand.

Prendia o choro e aguava o bom do amor.

Bem, só estou te ligando para comunicar-te uma coisa: embora eu tenha estado bastante ausente e displicente nestas últimas três semanas, posteriores àquela decisão árdua que tomei, não tens noção, ideia ou ciência da luta que tenho vivenciado dia-a-dia, hora-a-hora, a todo instante.

Eu nunca digo nada, nunca exprimo nada, [...] expresso nada, exponho nada; eu só omito. E quando não o faço, apenas consinto. Não é certo. Não é certo pelo fato de, no liquidificador de minha memória congestionada, meu quereres em colocar tudo à mesa, é suspenso pelo receio de por vezes ferir-te com as duras palavras que tenho a desferir em ti ou pela circunstância de apreensão que sinto por ter que ver-te indo embora mais uma vez.

Não te privo da beleza de sentir, nem tão pouco poupo de em frente querer seguir. Mas me sinto impotente diante disso tudo. Diante da situação que nos fora imposta, dessa particularidade que acompanha tal fato, dessa condição tortuosa e torturante que cada vez mais tem alimentado meu sentimento de vilipendio a mim mesma. Porque eu tenho me deixado, eu tenho me renegado, me desgostado, me amputado. A verdade é que: sem ti, eu tenho morrido, lentamente, fatalmente, displicente e sem querer. Involuntariamente.

[...].


Goblinwand.