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outubro 28, 2009

Os velhos olhos vermelhos voltaram. DE VEZ!

"Eu nunca disse que iria ser a pessoa certa pra você, mas sou eu quem te adora."
Nunca, jamais eu lhe prometi ser o ideal, o concreto, o essencial que pudesse lhe encobrir de felicidade e grandeza. Mas com todas essas idas e vindas tenho comigo, que cansastes de esperar-me para quem sabe um dia entregar-me inteiramente a você; e hoje consigo refletir sobre isso e enxergar claramente que minha constância plena não tem me levado a lugar algum. Muito pelo contrário, tem levado-me sim a um lugar - ao poço - ao fundo dele.
A única coisa que não entendo é como pôde, assim, um sentimento tão belo e unívoco desintegrar-se em inúmeras partes e no fim das contas você sequer notar minha presença. Como pode existeir tamanha indiferença assim? Como pode?
Às vezes paro, penso e por horas fico a pensar - será que não seria mais viável eu somente interpretar e criar um escapismo para o qual eu possa sempre e sempre refugiar-me quando diante de uma imensidão sentimental eu encontrar-me? É sempre assim, as coisas são assim e por uma vida toda assim será. Eu, vulnerável às relações deixarei ser levada por qualquer onda quente e forte que tocar-me. E mais uma vez repito: "Não é a vida como está, e sim as coisas como são." Eu posso mudar, sei que posso. Mas quando fria e calculista eu tornar-me (o que na maioria das vezes "aparento" ser), aí sim sentirei falta do afeto; por mínimo que ele seja, pela migalha que eu possa vir a receber, pelo sorisso mísero e indiferente que eu venha ganhar, mas mesmo assim sentirei falta.

Goblinwand.