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agosto 25, 2011

Não sei onde estou indo, só sei que não estou perdido:

aprendi a viver - um dia de cada vez.

O abalo cessou-se. E agora voltei a respirar. Com ou sem ti, a todo momento pego-me a questionar.
Não que o amor, a paixão, o desejo, o bem-estar, o quereres; a humildade tamanha de todo esses sentimentos tenham passado, mas simplesmente decidiram estabilizar-se; e sendo assim, minha calmaria retornou e meu tormento caiu em esquecimento.

Estou bem, estamos bem - embora estejamos cultivando sensibilidades, intuições e percepções de longe; impalpáveis. Mas assim estamos. Daremos certo? Indago-me: "O que é certo?". Disso tudo aprendi algo imprescindível: Nada é certo, correto, sem erros ou conforme ao dever. E também nada é errado. Pois tudo vem a depender da analogia dos fatos expostos.

Por hora quero, por hora renego - almejo, desejo (mas não transpareço) e nessa toada sigo em frente. Sabe o trato das mudanças internas? Queimas de demônios, fogos e sinônimos? Sabe o reconhecer do amor-próprio? Pois então, ultimamente temos nos encontrado diariamente, hora-a-hora e minha relação pessoal comigo mesma tem sido um tanto aprazível.

Saudades pode até ser um dos - se não o mais sentimentos mais urgentes que há, mas é necessário, indispensável que o tenhamos, que o sintamos e que ele venha até nosso encontro. Saudades-saudável. Já ouvistes falar? Saudades do cheiro, do toque, da risada, do bem-estar que o outro causa, do humor, que por vezes até ácido vem a ser - mas que com um pobre e desgraçado olhar de misericórdia instantaneamente torna-se o mais puro melaço. Falo de amor e não de doença, vício, defeito - eu falo puramente conforto, satisfação, tranquilidade para com o corpo, espírito e mente. Puramente.

A princípio, toda mudança de ares produz certos efeitos à revelia e é mais que compreensível. Afinal, são alterações, modificações - tanto físicas quanto morais. E aparentemente, ao início de tudo, você acha que não suportará tamanha dor, desalento, solidão e desconforto. Mas tudo encaixa-se, tudo passa e o tempo realmente tudo cura; aprendi isso. Na marra, goela abaixo, abrangendo todo e qualquer entendimento.
E agora? Agora passou, tudo estabilizou-se. Sofremos muito por antecipação, colocamos tudo à nossa frente como obstáculos, barreiras e resistências -e não é bem por aí. Aliás, o caminho é totalmente oposto a esse, as medidas a serem tomadas são completamente ao contrário do que no ímpeto do que nos é colocado de antemão; mas isso, só passamos a observar, crer e apalpar com o bendito tempo - o tempo que destes a si mesmo.

O certo é sentar-se -de si para si- e reaver todo o corrido, e calmamente, com serenidade e quietação colocar à prova tudo aquilo que por ventura parece estar em desconserto. E retirar disso tudo, somente o que a nós trará proveito. Não adiante de nada, absolutamente nada olhar ao próximo, desejar bem a ele sem que, antes de mais nada olhemos para nós mesmos. Como desejar algo a alguém sendo que em mim tudo destroçado encontra-se? Mudanças por mais dolorosas que nos pareçam, são necessárias - é processo de transição. E assim sucessivamente as coisas tomam seu rumo - certo ou não - mas segue, mesmo que por ventura, venha a surgir raios, relâmpagos e trovões.


Goblinwand.