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maio 24, 2011

Quem, além de você?

Sinto-me tão ridicularizada por ainda privar-me de minhas reais intenções, e assim escondendo-me mais e mais. Sabe qual minha autêntica vontade neste exato momento? Por instantes de ligar-te e entornar, verter, vazar toda esta ânsia contida que ainda habita-se em meu interior e dizer o quanto eu lhe amo, o quanto me fazes bem, o quão imbecíl, demente e estúpida torno-me a teu lado pelo fato de saltitante e totalmente branda me encontrar.

Eu ensaio, mãos gélidas, tremores internos, ansiedade intensificada; chego a discar mas antes que a ligação se complete eu desligo. Por que, meu Deus? Por que tanto medo, receio, apreensão e temor de revelar-me a ti? Não entendo. Acho que isso é meu, pertence unicamente a mim e é tão complexo e veemente que por vezes fico por entender, apenas o sinto.

Sempre prezei pela liberdade. Seja ela em qualquer relação. Liberdade, digo, estado de regalia que cada indivíduo capaz possui para concluir ou desfazer qualquer contrato, acordo, pacto – ou seja, o livre arbítrio para ir e vir quando bem pretender. E agora, como vejo-me diante de você? Cada vez mais necessitando de junto de ti estar e para todo sempre permanecer. Beijá-lo, respirar-te, sugar-te, lamber-te, amassar-te e tê-lo. Possuí-lo por inteiro, acolher-te em meus longínquos braços calorosos e encostar tua cabeça em meu peito e penetrar-te toda a vibração interna que estou a sentir, e apenas com meu afago direcionado a ti sem qualquer forma de expressão verbal dizer-lhe a fundo: “Às vezes te odeio por quase um segundo. Depois te amo mais. Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo. TUDO que não me deixa em paz.”


Goblinwand.