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julho 01, 2010

Lamento.

Adoro reclamar. Desde sempre sinto-me acolhida pelas infinitas insatisfações que tenho a proferir - sempre.
Ontem mesmo, saí com dois amigos - Carlos e Pedro, que por sinal, são inteiramente de minha confiança. Demos uma volta, sentamos em qualquer boteco desta cidade nojenta, fétida e imunda e para variar, "enchemos a cara", conversamos a respeito de tudo, e consegui até mesmo dar boas gargalhadas. Coisa que, pouquíssimas pessoas conseguem proporcionar-me.

Pois bem, mas o foco do negócio são as reclamações, certo? Desde a hora em que sentamos até nos levantarmos e caminharmos até o carro e seguirmos viagem, reclamei. O tempo todo. "Meus pais estão me enchendo, meu namorado tá me cobrando atenção, diariamente brigo com minha irmã, minhas notas na faculdade foram baixíssimas, meus amigos voaram, e eu preciso urgentemente um carro, grana e entorpecentes". Tudo bem que, motivos meus pais tem para estaram torrando-me a paciência. Deveras minha vida anda meio desrregulada. Como dizia minha mãe: "Sempre fui boa filha, nunca respondi meus pais, nunca me rebelei com nada, nunca bradei diante de nenhuma situação. Eu podia ter sido diferente". E como, mamãe, eu não sou um protótipo perfeito de ti, saí totalmente ao contrário, não é mesmo? Creio que apenas na infância, por partes, eu tenha sido uma boa filha filha, embora eu a tenha respondido algumas várias vezes, e quanto a bradar, sempre necessitei - é palpitação, é sentir-se viva; não por ser rebelde, mas por "meu único prazer é não ter medo de fazer o que gosto", e eu realmente nisso eu sinceramente aposto. A respeito do namorado, eu realmente acho que cansei-me das privações impostas por ele: "Isso não é assim", "tá incorreto", "faça de novo", "aprenda comigo, eu tenho a razão!", "não, você não sairá com eles esta noite, aliás, é nosso aniversário de um ano de namoro, esqueceu-se?", e como diria meu pai: "namoro de um ano, minha filha, eu passo é no cu!", e agora rebato-lhe, querido: "sabe aquele bacaca, paizinho? pois então, eu o passei no cu, por você!".

Eu estou feliz, na medida do possível eu estou feliz. Tudo bem que a vida tem lá seus propósitos de arrastar-me no chão, mas tudo bem, creio que isso faça parte da brincadeira, não é mesmo? Daqui pra frente, agora, vou tentar focar mais no "meu bem querer". Se quero, desejo ou almejo algo? O farei e hey de conseguir. Sempre. Mesmo que para isso eu tenha que atropelar algo ou alguém. Me cansei de privar-me de vontades incessates que muitas vezes atormentaram-me, e por receio de ferir o próximo, não o fiz. Chega disso. Pode ser que isso seja denominado como "power-ego", mas ao menos assim sinto-me satisfeita. Aliás, desta forma sentirei-me plena, contente e desfrutando eternamente "meu bem querer".


Goblinwand.

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