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julho 18, 2009

Leve desespero.

E esse leve desespero que insiste em acompanhar-me, e o frio a barriga, e a ansiedade, e as noites sem sono, e as recordações súbtas que me vem na memória, e o medo? E o medo? Há como eu livrar-me deles em um piscar de olhos? Sei que nossas brigas, discuções, transtornos e atritos não nos levaram a lugar algum, e sei também, que se depender de ti nós não tiraremos os pés do chão e nem idealizaremos nada - e nem mesmo uma reconciliação iremos tentar. O que me causa aflição e insônia à noite, pois só você me deixa com os nervos à flor da pele e consegue ativar minha insanidade. Nossa amizade vem sendo pendurada por um fio há um bom tempo, e nem olhares mais podemos dar um ao outro - nossa relação está se tornando cada dia mais insustentável; e isso às vezes me deixa em pânico me fazendo sentir cada vez mais ânsias e vontades escrúpulas deixando-me atorduada, sem caminho e nem direção, e a vontade que me dá é de sumir por alguns instantes, para ver se pelo menos assim os meus problemas não afetam-me mais e mais. Queria tanto que as coisas tomassem rumos diferentes, e que você voltasse a ser o que era desde o início - mas isso é um tanto quanto impossível, e nem mesmo sonho mais. Na verdade, acho que meus sonhos desceram rolando abaixo em um imenso despenhadeiro, porque desde que você resolveu cuidar de si e largar-me sozinha minha vida não tem sido a mesma, aliás ela não tem sido nada. Triste isso, não é mesmo? Uma vida toda se resumir em nada? Qual é minha vontade ao acordar? Passo o dia a pensar em que? Será que terei de falar e gritar e berrar para você me escutar quando eu voltar para casa? Eu terei mesmo de aceitar tudo a seco e calada? Eu queria que não, mas é exatamente isso que tenho feito há alguns anos - tenho aceito palavras duras, frias e cruéis que você dirige a mim, e sem dizer um "A", nem ao menos me defender eu posso. Creio que isso nunca vá mudar, e às vezes torço para que nada mude mesmo, sabe? Ora, tenho que dar um rumo novo a minha vida e percorrer caminhos por onde eu jamais tenha percorridpo. Eu quero, exijo, almejo, e não admito que a vida prive-me disto, pois tenho muita coisa ainda por viver, e junto a você, a teu lado eu tenho privado-me de muita coisa para satisfazer-te - e cá entre nós: Querido, esta não sou eu. E eu, ora, eu não sou de ninguém - sou eu por mim, e mim por eu. Entende agora? Reflita sobre tudo isso, e que o mais breve possível cheguemos a uma conclusão e que nossas vidas se tornem maleáveis e que a estabilidade nos reine eternamente.




Goblinwand.

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