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novembro 13, 2010

E eis que mostro-me.

A princípio, eu detesto rabanete - deixo bem claro. Pois bem, não sei ao certo quem eu sou. Embora já tenha ocorrido diversas limitações advindas de definições que fiz a meu respeito. Falar de si é complicado, creio eu que seja a tarefa mais complicada e indesejada de ser feita. Caso viesse a me perguntar "quem é você?" há alguns exatos nove, dez anos atrás [...], reformulando, há dois ou três anos que se pasaram para lhes ser mais precisa, obviamente a resposta seria totalmente distinta ao que hoje eu responderia. Minha concepção, o modo como vejo as coisas modifica-se contantemente, e posso também mudar de idéia instantaneamente. Não que eu seja maleável a argumentos alheios ou fácil de ser conduzida por certas opiniões; muito pelo contrário, pois enquanto B não conseguir provar para mim que foi C quem brutalmente desferiu golpes à facadas contra A, embasados em argumentos plausíveis [...], tudo bem, sem brincadeiras, mas a coisa desenrola-se mais ou menos por aí, é necessário uma boa dialética para convercer-me de qualquer fato.Deixando toda essa balela debruçada sob um canto de qualquer sala, hey de enfatizar algumas mudanças que ocorreram para comigo durante esse tempo que fora citado logo ali acima, há alguns quem sabe, três anos atrás.
Se não me falha a memória, a três anos, em 2007 eu estava a cursar o segundo ano do Ensino Médio, e particularmente, tratando-se de ano escolar fora um dos melhores de minha vida, se não o mais - mas como eu disse: tratando-se de ano escolar. Pois em âmbito externo a este o qual eu frequentava diariamente, estava minha vida pessoal que por vezes, senão por sempre seguia arruinada, em destroços. Talvez tivesse sido a primeira paixão; digo, amor pelo qual eu estava a passar. E como todo velho e bom amor só nos mantém viva quando em chamas, ruínas e avessos nos encontramos. E comigo, obviamente pelo menos não desta vez, não haveria de ser diferente. Apaixonei-me instantaneamente e ao passar do tempo criamos um vínculo um para com o outro e com o desenrolar desta história toda ao meio de tudo nossa relação meio que, não sei, não creio que tenha se desgastado, aliás, muito pelo contrário. A chama ainda permanecia incansavelmente acessa. O problema creio eu, seria a própria chama, porquê com tantos sentimentos aglomerados e envolvidos acabei por me queimar, inteiramente. Resolvi abandoná-lo - não a pessoa com a qual eu me encontrava naquele momento, mas sim o sentimento que se apossara de mim e se instalara em minhas entranhas. Creio que tenha sido a situação mais difícil e complexa pela qual eu tenha passado, nunca sofri tanto. Mas como tudo nesta vida, isso também acabou por me deixar. E é incrível como nos portamos tão indecentementes diante de tais relações, não? Chorei, implorei, gritei, me cortei e ao final de tudo simplesmente abandonei; sem receio algum. Apenas proferi um "adeus" e dei-lhe as costas, simplesmente. E hoje rio e sinto-me envergonhada por ter sido tão injusta comigo mesma, por não defender meu orgulho perante aquilo, e por não ter consiência de agir de forma correta - mas, como diria Amy.S: "Foi-se embora como uma folha seca no outono". E agora, nesse momento, continuo a rir desordenadamente de tudo isso o que passou.
Pois bem, após este ocorrido é obvio que não curei-me e me tornei fortalecida da noite para o dia, levou tempo. Algo em torno de um ano e meio mais ou menos, mas finalmente recuperei-me - não digo nem do "baque", mas do tombo o qual tomei. E então resolvi focar somente e inteiramente em meu mundo e tentar suprir ao máximo meu ego comigo mesma, ou seja, adentrar-me-ei na solidão. Coisa a qual, sempre acompanhou-me e nela que sempre tento habitar-me quando sinto-me assim, destruída. Então veio o terceiro colegial, após isso fiquei algum tempo degustando-me com o óssio que me consumia, e para não dizer que minha jornada em busca de um grande e eterno amor (coisa que, além de clichê, soa nojentavelmente insuportável), veio-o a minha frente um esplendor de pessoa, um indivíduo totalmente doce, gracioso, compreensível e delicado. Obviamente, derreti-me, não é mesmo? A princípio, honestamente assumo ter ficado com receio de "fincar os pés num amor do tipo mortal, desses que tem começo, meio e quase sempre um triste final", assim como me ocorrera anteriormente. Mas fui em frente, desbravando sete mundos e entregando-me intensamente. Com certeza, uma relação bastante estável, sólida e regada à intensos sentimentos mas hey que a mesma chega ao final. Todo esse histórico relativo a este relacionamento durou aproximadamente alguns nove ou quem sabe onze meses, mas cessou-se. Devido a discordâncias, esquivações e incompatibilidade de desejos. Doeu-me muito, imensamente - mas isso só fez com que eu ficasse mais ainda com o corpo todo atrás, não tão somente o pé, para com a com as pessoas. Logo, involuntariamente tornei-me algo mecânico que somente sabia esquivar de tudo e de todos.
Com o passar do tempo, depois de acabado por superar todas essas dores, rancores e... enfim, conheci novas pessoas, e que acompanham-me até hoje. Pessoas maravilhosas, íntegras (nem tanto, certo? um bando de desgraçados, filhos da puta), mas que amo e suporto imensamente em meu coração; deixando claro, que é a forma carinhosa e afetiva com a qual expresso-me diante de quem sinto certo apresso. E tive também o desprazer de cruzar com o caminho de pessoas mesquinhas, mentirosas, e insolentes que sequer conseguiram comover-me com tanto disparate involuntário. Aliás, como já havia dito, tornei-me algo mecânico e com uma pitada de mecanismos esquivantes
E para cessar o desenrolar desta história, mas não menos importante tratando-se de mim, o presente em que estou a presenciar. Não podendo ser comparado a nada do que eu tenha vivenciado, mas não deixando de ser tão intenso também. Aliás, são situações distintas relativas ao que já passei, embora creio que dessa vez isso esteja torturando-me pouco-a-pouco. Mas isso é a vida: momentos bons, felizes e alegres e obviamente, momentos destrutivos, que na maioria das vezes é o que habita-se em minha jornada.
Estou bem, não tanto quanto almejo estar e permanecer, porém nem tudo sai como planejado, não é mesmo? Inclusive, especialmente relacionado a mim; e nesta corda bamba vou tentando me equilibrar e não hey de deixar o fracasso subir-me à cabeça e sentir-me uma derrotada, embora por vezes eu seja, mas tudo bem, tudo bem, tudo bem.


Goblinwand

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