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julho 06, 2010

Senhor, piedade!

Tenho pavor de reencontrar {des}conhecidos perambulando por aí. Quando estes, tem a pretensão fajuta de virem até mim bajular-me ou fazer cena. Detesto.
Anteontem dei de topa com uma {des}conhecida pelas ruas de Zontesco. Ao ver-me saltitou, escancarou sorriso e veio até minha direção. Eu, fingi não ser observada nem tampouco abordada pela mesma a qual berrava por meu nome do outro lado da rua: "MARCEEEEEEEEEELLA! MARCEEEEEEEEEEEELLA!", pois bem, tive de encarar, não é mesmo? Destilei o último ml' de educação que ainda restara em mim, e soltei um ríspido: "olá! (xisdê)", Joana, Marta, Cláudia, Valéria, Maura, não lembro-me ao certo de teu nome, quanta indiferença. Oh, pai!
Então ela veio até mim, três beijinhos:
- Como vai, amiga? Quanto tempo! Nossa, tá bonita, hein? Namorando? Aliança, cadê? Fazendo o que da vida? Pegando alguém?
*força na peruca. minha gente*, (respirei fundo, contei até cinco e...)
- Pois é, NÃO!
- Hã? Como assim?
- Escute-me querida, não sou tua amiga, você me enoja, tenho pavor da tua efusividade, nem tanta intimidade temos assim para abordar-me desta forma e torcer esse interrogatório, não é mesmo? Agora, abaixe a sobrancelha, feche a boquinha, vire de costas e saia de fininho como se não me conhecesse. Vire-se vamos, agilidade. Isso, agora vá.
(Resmungando baixinho *desgraça, tomá no cu*).

É cada uma que me aparece, meu Deus. O que fiz para merecer isso? Rogue-me a praga mais tenebrosa, atire-me um raio na cabeça e deixe-me acordada por durante onze dias consecutivos, mas não implante essas peças deslascadas e tortuosas em meu xadrez. Eu lhe rogo, Senhor!


Goblinwand.

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