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julho 21, 2010

O som do coração.

Sabe aquela música? Aquela certa música que causa-lhe ânsia, espanto, e ao mesmo tempo tesão ao escutá-la? Aquela música, aquela certa música em você ao escutar diz: "Meu Deus, como pode? Retrata exatamente o que sempre quis exprimir, proferir, bradar. Mas nunca consegui expressar". Sabe aquela música? Aquela certa música em que você ao escutar diz: "Meu Deus, juro que se eu não a conhecesse eu a compunharia". Pois é, essa mesma música, que você aí, este ser monótono, passivo, e incrédulo que encontra-se amarrotado, debruçado de pijama e meias furadas sobre o sofá degustando o mais frio dos cafés em plena madrugada confortado à solidão - é a mesma música a qual agrada-me, que proporciona-me a ânsia, espanto e tesão proferidos lá em cima por mim. É a mesma música que, ao ouvir sinto-me levitar, deixo-me levar, embalar ao som&fúria dos teclados, da gaita, dos acordes, da simphonia, dos gestos do maestro, do saxofone, e dos corações estraçalhados abandonados por destinos que encontram-se da mesma forma que você: sendo um ser monótono, passivo, e incrédulo que encontra-se amarrotado, debruçado de pijama e meias furadas sobre o sofá degustando o mais frio dos cafés em plena madrugada confortado à solidão.
A ânsia e fúria, o espanto e a esperança, o tesão e o som; eles se unem formando-se assim, nós: os seres monótonos, passivos, e incrédulos que encontram-se amarrotados, debruçados de pijama e meias furadas sobre o sofá degustando o mais frio dos cafés em plena madrugada confortados à solidão.


Goblinwand.

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