E então, hoje pela amanhã acordei não sendo mais eu. Em uma cama que não era minha, habitando um corpo que não era o meu, com os cabelos e as idéias mais embaraçados do que se podia parecer, e vivenciando um mundo que eu jamais havia habitado. E então, eu me encontrava perdida.
É incrível como as coisas e as emoções e as razões modificam-se brutalmente de uma semana para a outra, de um dia para o outro, de uma hora para a outra; assim mesmo, instantaneamente. Ultimamente não tenho conseguido conciliar muito minhas intenções com uma certa constância. As coisas vão se esvaindo, e correndo pelos becos, se escondendo pelos corredores escuros e desertos, e eu vou ficando aqui: sozinha, desolada e com o martírio profundo apunhalando minha mente. E eu choro, até pegar no sono. E acordo, bem estúpida com o rímel pegando até a bochecha, os olhos inchados e o nariz escorrendo. E então eu me levanto da cama, caminho até o banheiro, lavo o rosto e tento acreditar que de fato, a vida é boa, eu sou feliz e não nada que me impeça de ser plena; e então, eu vivo.
Goblinwand.
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