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agosto 01, 2010

Não há razão que me governe, nenhuma lei pra me guiar (e eu NÃO estou onde eu queria estar).

Só de pensar já me vem uma angústia imensa, uma ânsia desvaiarada e uma vontade tremenda de debruçar-me sobre o travesseiro e chorar até todo estoque de lágrimas se esgotar. Isso é tão nojento que chega a causar-me náuseas. De verdade. Pois nunca imaginei-me diante de uma relação assim, que conseguisse me consumir por inteiro, me destroçar e deixar-me sem fala como encontro-me agora.
Tudo bem que sempre optei pelas palpitações, extremos e nunca privei-me de sentir lentamente cada dor prazerosa que os encontros e desencontros proporcionava-me, mas agora é diferente. Quanto mais desprezada sou, mais dependente de ti me torno. Cruel, não? Não, é estúpido! É muito cobrar o mínimo de atenção, um pouco de compreensão e pedir a você que demonstre gratidão? É muito isso? Não vejo meios por onde recorrer pra livrar-me disso. Porque é isso que nossa relação tornou-se: um isso, aquilo, daquele mas nunca este - o tocável, apalpável e seguro. Onde sei que posso pisar e sentir-me confortável.
Só sei que preciso de tempo, preciso estar só - por dias, meses, anos e quem sabe até mesmo décadas. Preciso encontrar-me e deixar de ser este animal sentimental que se apega a tudo que é de meu agrado. Ninguém dá importância a isso, querem apenas existirem e deixar o viver de lado. E eu, espero que eu não me torne mais um ser cinza, mórbido, intocável e desprezível como tantos que tropeço por essa vida; se for pra ser desta forma, apenas existir - prefiro pouco-a-pouco esvair.


Goblinwand.

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